O que acontece com os pintinhos

Quando falamos de ovos e da indústria alimentícia, existe uma distinção entre aves de postura, que botam ovos, aves de corte, criadas para serem abatidas e consumidas. A morte e o descarte de pintos machos logo após o nascimento são práticas comuns na produção de ovos em todo o mundo. No entanto, a maceração mecânica, ou trituração, é o método mais adotado em todo o mundo, onde os machos são triturados em larga escala nas primeiras horas de vida, assim que é possível identificar seu sexo. São descartados pela impossibilidade de ser uma galinha “poedeira” e assim não gerar lucro com os ovos.

As fêmeas, logo que identificadas, passam por um processo chamado debicagem, em que se amputa parte do pico e logo seguem para áreas minúsculas, com pouca ventilação e às vezes com luz 24 horas. Não sobrevivem mais de dois anos, a maioria com fraturas devido a osteoporose ocasionada pela contínua produção dos ovos. São então abatidas e sua carne vai para embutidos e ração.

Contudo, a crueldade na morte de pintinhos é uma chaga aberta no coração da humanidade, uma ferida que clama por justiça e compaixão. É um grito de angústia ecoando pelos corredores frios e impiedosos das indústrias avícolas, um lamento silencioso que clama por uma mudança urgente e radical.

Cada pintinho que é descartado como se fosse um mero objeto representa não apenas uma vida perdida, mas uma violação brutal da essência mais pura e inocente da existência. Essas criaturinhas indefesas, recém-chegadas ao mundo, são condenadas à morte sem piedade, sem sequer terem chances de sentir o sol aquecendo seu corpo ou o toque suave da brisa em suas asas.

A maceração mecânica, essa prática desumana de triturar os pintinhos vivos, é uma atrocidade que fere não só os seus corpos frágeis, mas também dilacera a alma daqueles que testemunham essa crueldade.

Como podemos permanecer indiferentes diante do sofrimento dessas criaturas inocentes? Como podemos ignorar o terror que se desenrola nas entranhas obscuras das fábricas de morte?

-Oberom e Luana Gomes, C2 Company